Era a primeira sexta-feira daquele mês de fevereiro de 1949. Elizabeth acordara animada. Banhou-se cantarolando frente á um vasto espelho em que refletia sua imagem: via uma mulher voluptuosa, munida de desejos e louca para satisfazê-los. Após escovar os cabelos, vasculhou seu armário de roupas. Escolhera um vestido instigante: era um vermelho vivo e atraente, o tecido impregnava em suas belas curvas.
Após trocar o disco da vitrola, voltou a procurar seus brincos de pérola, encontrou-os. A maquiagem não era sobrecarregada, mas os lábios rubros eram por si só hipnotizantes. Elizabeth tinha pés pequenos e macios, encantava qualquer solo ou olhos masculinos. O salto, embora de tamanho médio, era o suficiente para salientar seu generoso quadril. Perfumada e pronta, caminhava pelas ruas da cidade de Londres. Eram-lhe direcionados diversos olhares, variavam de inocentes á lascivos ou vulgares.
Chegara á escola de artes em que era diretora. Cumprimentando a todos, chegava ao 8º andar. Seu coração disparara ao sentir o aroma do local, eram incensos inconfundíveis, que só ali encontrava. Horas depois, em sua sala, recebera envelopes do correio, vinham de longe, eram necessárias burocracias.
A tarde se despedia, enquanto a noite surgia. Ansiava por aqueles braços fortes em volta de si, contornando perfeitamente sua silhueta. Envolvida em seu devaneio, suas minúsculas mãos deslizavam pelo seu colo, de um lado pro outro, manipulando o pingente do colar. Seu olhar, direcionado á vidraça da janela, estava imerso em lembranças e desejos. Voltou á realidade de forma súbita, alguém batia a sua porta, era um bater suave, mas não tanto. Recompunha-se, ajeitava os cabelos:
– Entre!
Era ele. Bryan era um dos professores mais renomados de sua escola. Era o homem mais interessante, atraente, inteligente e possuía uma característica que enlouquecia as mulheres de lá: era sério, não tão tímido, mas extremamente reservado e discretamente sedutor. Seu profissionalismo encantava a todos os colegas de trabalho, além de ser um dos melhores professores de artes plásticas.
– Elizabeth, precisamos conversar.
– É mesmo Bryan? Algum problema com as aulas?! – Dizia Elizabeth tentando demonstrar indiferença.
– Sabe que precisamos falar sobre nosso caso, eu preciso esclarecer esta situação. Não posso mais, você está me enlouquecendo.
– Eu?! Passo os dois últimos meses encantada com um homem esplêndido em meu local de trabalho, trocando carícias, realizando fantasias sexuais, me apaixonando a cada dia, e descubro que ele é casado, e eu estou te enlouquecendo?! Como ousa dizer algo assim?
– Elizabeth, eu me envolvi verdadeiramente com você, não foi só sexo. Não precisa acabar assim…
– Bryan, quando tudo isso começou, quando eu mesma burlei minhas regras de relacionamentos íntimos em local de trabalho, quando nos dispusemos à tamanha discrição em prol de nosso desejo, eu não imaginei que isso acabaria assim.
– Querida, não tem que acabar; apenas…
– Bryan, você é casado! Isto é inaceitável! Como pôde fazer isso comigo?!
– Desculpe! Eu tentei. Como ficamos?!
Os olhos de Elizabeth enchiam-se de lágrimas. Bryan saiu de sua cadeira para abraçá-la, um beijo desesperado aconteceu. Ele acariciava seus quadris como um louco voraz, ela desabotoava a camisa azul que ele usava. Os batimentos cardíacos podiam ser sentidos, em ritmos acelerados, o momento era tomado por avidez. Depressa levantara seu vestido, era uma penetração intensa, porém curta. A expressão de Elizabeth era confusa. Minutos depois, Bryan ficara pra dar aula enquanto Elizabeth terminava seu expediente e deixava a escola. Foi uma noite longa e pensativa para ambos.
Elizabeth estava em companhia de seu longo cigarro em um bar distante de sua casa, e em sua taça, o barman servia a terceira dose de vinho. Rebatia com hostilidade as investidas daqueles homens ali presentes. Curtia a música solitária, era o fim da noite.
Em sua casa, Bryan, era recebido com calorosos beijos de sua esposa Bertha. Era uma mulher interessante, elegante, relativamente jovem, e extremamente dedicada ás artes. Bertha contava a Bryan como tinha sido seu dia e falava dos andamentos dos projetos com os quais estava envolvida. Comentava das viagens que precisaria fazer e dos resultados de seus investimentos. Bryan parecia não estar ali.
– O que foi querido? Problemas no trabalho?
– Não é nada meu amor. Estou com dor de cabeça outra vez… O que acha de me dar aquele cuidado especial que sabe bem?
Bertha sorriu e atendeu-o com um beijo longo. Entrelaçados na banheira após uma longa transa, iniciaram carícias singelas. Bryan parecia melhor, e estava.
– Querido, estou envolvida num projeto fantástico! – Dizia ela entusiasmada.
– Quando é que você vai me contar quem são estas pessoas importantes hein?
– Já disse. É surpresa!
No dia seguinte, Elizabeth comunicava á todos da escola que faria uma viagem relacionada aos projetos que lecionava. Iria para França, e deixava as coordenadas de rotina e direção nas mãos de Jamile, sua fiel assistente, a qual acabara de promover. Bryan estava convencido de que essa viagem teria outro sentido para Elizabeth, como uma fuga da situação, ou um tempo pra si mesma. De fato teria tal sentido, porém, Elizabeth realmente estava lecionando projetos artísticos fora do país. Partiu.
Em Paris, instalada num luxuoso hotel, afogava suas mágoas com uma garrafa de champanhe e cigarros ao som de Edith Piaf. Enquanto arrumava suas malas, explorou cada espaço da suíte, nua. Chorou sentada na sala de estar, Bryan não deixava seus pensamentos.
Em Londres, Bryan já não era capaz de manter aceso seu desejo de dar aula, sentia-se um tanto culpado pela situação. Porém estava a cada dia mais apaixonado pela esposa, ele a amava, sem dúvidas. Retomou atitudes e comportamentos iniciais de seu relacionamento: trazia-lhe flores e chocolates, acordava-a com beijos e café na cama, recuperou o hábito de espalhar pequenos bilhetes românticos pelo apartamento. Bertha via-se como uma adolescente novamente. Seus olhos brilhavam, a pele estava naturalmente mais sedosa e sentia-se mais atraente, fez um novo corte de cabelo, deixou de lado suas peças de roupas sérias e comprou peças mais joviais e atraentes.
Naquela tarde de sábado, após estacionar o carro e esvaziar a caixa de correios acariciando Bugye, seu cachorro, Bertha entra em seu apartamento. Bryan estava na cozinha, nu e com olhar selvagem. A mesa estava posta: eram velas longas e atraentes, a especialidade de Bryan era mariscos. Um taça de vinho para Bertha e Whisky para si. Bertha não teve tempo de largar a bolsa. Bryan acariciava-a por traz. Suas grandes mãos deslizavam por entre o soutien dela. Tirou o chapéu de Bertha e a beijava com doçura. Lentamente, ele despia a esposa, peça a peça, as peças intimas com a boca, enquanto mantinha seu olhar selvagem a ela direcionado. Finalmente sua deusa estava completamente nua, linda. Seus dedos atrevidos passeavam lentamente pelo abdômen de Bertha, ali ele a beijava enquanto seus dedos exploravam os seios. Bertha tinha seios minúsculos e atraentes, seus mamilos estavam rijos. Ela fechava os olhos enquanto suspirava com os lábios entreabertos. Num movimento brusco ele se levantou e a virou de costas para si, e prosseguiram-se as carícias. Naquela posição, Bryan explorava todo o corpo de Bertha, cada ardente orifício ou região sedosa que pressionava entre os dedos. Quando a possuiu, manteve seus olhos fixados nas expressões faciais dela. Ela gritava. Ele beijou-lhe a nuca e prosseguiu incansável. Bryan, no auge de seus 36 anos, possuía uma conduta sexual admirável.
Em Paris, após incessantes reuniões e longos dias trancafiada assinando documentos e relatórios, Elizabeth visita École Nationale Supérieure des Beaux-Arts, a mais famosa escola de artes da França, próxima ao Museu do Louvre. Fascinou-lhe as colunas, estátuas e flores. Encantou-se com esta experiência. No fim da tarde e de volta ao hotel, se entregou a um banho relaxante. Seus pensamentos, na tentativa de fugir de Bryan, ocupavam-se com seus projetos, afinal em menos de uma semana receberia alunos de diferentes partes do mundo para lecionar na escola de Paris.
Bryan, em Londres, afogava suas mágoas com uma garrafa de Whisky ao som de John Lee Hooker. Bertha partira pra uma viagem misteriosa em dedicação a seus projetos. Sentia-se só. Sem Bertha, sem Elizabeth, sem desejos de dar aula. Só, com seu Whisky e Bugye, seu fiel companheiro. Mergulhava em pensamentos incessantes sobre Elizabeth. Revivia em suas lembranças momentos com ela, momentos doces e íntimos. Mais uma garrafa. A lua estava esplêndida. Adormeceu e Elizabeth visitou seus sonhos.
Em Beaux-Arts, Elizabeth recebe seus alunos. Eram 15 alunos e 12 alunas. Cada um deles interessantes em suas singularidades, com belíssimos talentos distintos, porém todos possuíam uma característica em comum: a paixão pela arte, cinema, música e literatura. Com o passar dos dias, alguns se tornavam mais notáveis, outros menos, até que, após dois meses restavam 8 alunos e 4 alunas minuciosamente selecionados por Elizabeth. Uma de suas alunas, extremamente aplicada, destacava-se aos seus olhos, de forma que Elizabeth lhe orientava com uma atenção especial, pois admirava suas ideias e se identificava com elas.
Certo dia, Anthony, um brilhante e dedicado estudante do projeto, dirigia-se a sala de Elizabeth. Era um Italiano atraente, alto e de olhos claros, como os de Bryan.
– Com licença Elizabeth, posso lhe falar?
– Olá Anthony, sente-se. Em que posso ajudá-lo?
– Estive pensando… Estamos ha alguns meses trabalhando neste projeto, mas o pessoal não se enturmou ainda… Isso me incomoda um tanto, pois sou uma pessoa carismática… O que acha de organizarmos um almoço, ou alguma atividade que não envolva o projeto?
– Anthony, você tem toda razão! Desculpe-me por esta metodologia de equipe… Tenho tido alguns problemas pessoais, e vejo que meu estado altera a minha forma de lidar com as relações interpessoais aqui, eu deveria mesmo ter sugerido isso antes. Desculpe-me!
Na semana seguinte, num sábado à noite, saíram todos juntos. Estavam em três carros: Elizabeth e as 4 estudantes em um, e os 8 rapazes divididos em outros dois carros. Foram á um dos bares aconchegantes de Paris. O local era bem reservado e possuía um clima calmo ao som de piano. A arquitetura do local era clássica e tradicional daquela década, bem como retratava os quadros de pintores ingleses. Anthony tentava conquistar Mirian, mas suas investidas eram ignoradas. A noite estava agradável a todos. Elizabeth não bebeu mais que duas taças daquele vinho português, não o apreciou. Mas as outras garotas sim. Mirian beijou Anthony horas depois. O restante das meninas contiveram seus desejos. As risadas eram altas. Todos gargalhavam, mesmo de assuntos fúteis. No fim da noite, se despediram. No carro de Elizabeth tinha agora apenas 3 mulheres, Mirian passara a noite com Anthony.
Elizabeth levava as estudantes até seus alojamentos. Restou uma. Embriagada, esta não sabia dizer onde morava, apenas gargalhava. Elizabeth decidiu levá-la ao seu hotel, imaginando se despedir dela no dia seguinte. Na suíte, percebendo o estado da mulher, decide ajudá-la. Ela banha-a, veste-a e coloca-a na cama. O telefone de Elizabeth toca uma vez mais. Após ignorar tantas ligações de Bryan, ela decide atender:
– Graças a Deus! Elizabeth, querida, ouça..
– O que quer Bryan?!
– Sinto sua falta, estou a caminho, chego a Paris na terça-feira, onde está?
– Você o quê?! – Elizabeth estava em choque.
– Você me ouviu! Não deixa meus pensamentos há tempos. Preciso muito vê-la, amor. Diga o nome do hotel…
– Bryan, não entendo! Está Maluco?! E quanto a sua esposa?
– Ela está viajando… Querida por favor!
– Desculpe Bryan, ainda estou confusa. Mas quero muito vê-lo… Como chegas quarta-feira, até lá eu te ligo passando o nome do hotel. – Desliga.
Elizabeth anda de um lado ao outro da suíte, passa horas daquela madrugada de domingo pensativa. Chorou. Banhou-se, fumou e bebeu. Adormeceu.
Na manhã seguinte, Elizabeth acordara com café na cama. Aquela admirável estudante, de pele rosada, estava com os olhos tímidos.
– Srta. Elizabeth, sinto-me tão envergonhada…
– Oras, e deveria?
– Isso não me acontecia há anos. Não quis lhe dar tamanho trabalho. Lembro-me que rodamos procurando meu hotel, sinto tanto e agradeço verdadeiramente.
Elizabeth ascendia um cigarro:
– E porque não lhe acontecia há anos? Diversão com amigos não causa prejuízos á ninguém.
– Bem, é uma longa história…
Ainda na cama, com seu cigarro e beliscando bolinhos ela retruca:
– Então sente-se e conte-me! Temos muito tempo.
– Bem, desde que me casei, vivo para o meu marido e para o trabalho. Amo arte, mas isso não é tudo em mim. Havia me esquecido de mim.
– Seu marido está aqui em Paris com você?
– Não! Ele ficou em Londres, trabalha numa escola de lá, é professor.
Elizabeth teve seu coração acelerado, apagou o cigarro:
– Deve ser muito difícil pra você deixá-lo em Londres. Ele dá aula de quê?
– Sim, e muito. Ele dá aula de artes também, é um dos professores mais renomados de Londres.
– Puxa que legal! Esse nosso meio é pequeno, não?! Talvez eu o conheça, qual o nome dele?
– Bryan! Bryan Thommides. Conhece?
Elizabeth disfarçou bem:
– Não, que pena. Desculpe Bertha, sinto uma dor de cabeça terrível…
– Gostaria de uma aspirina Srta. Elizabeth?
Elizabeth sorriu:
– Gostaria sim, mas acredito que não combinaria com o álcool em meu sangue… Talvez você possa me fazer companhia…
– Seria um prazer Srta. Elizabeth.
– Chame-me de Elizabeth!
– Como queira.
Elas conversaram sobre muitas coisas aleatórias, como música, culinária francesa, cinema, literatura e artes. Mas a dor de cabeça de Elizabeth não passou. Bertha, percebendo seu mal-estar, e na tentativa de retribuir a atenção da noite anterior, cobriu-a e velou seu sono. Horas depois partiu.
Era Segunda-feira e Elizabeth sentia-se disposta. Disposta a embeber-se de ódio e sedução. Usava um vestido negro e longo. Este tinha um corte comprido na altura da coxa. Apanhou seu chapéu preferido, e em seus lábios estampou o vermelho que não usava há tempos. Chegando a Beaux-Arts, encontra Bertha esculpindo uma estátua, era Eros o deus do amor na mitologia grega:
– Maravilhoso Bertha! Falta muito?
– Bom dia, Elizabeth. Estou dando os acabamentos finais. Como se sente?
– Graças a você, sinto-me ótima, muito obrigada.
– Disponha! – Sorriu.
– Estou precisando conversar, e você é a pessoa mais próxima que tenho… Me faria companhia esta noite?!
– Sem dúvidas querida, seria uma honra.
– Te apanho ás 19 h.
– Combinado, até.
Minutos após o almoço, Elizabeth telefona a Bryan e dá seu endereço. Carinhosa, ela diz á ele que deixou seu nome na recepção do hotel e já avisou que ele chegaria entre as primeiras horas da terça-feira, diz a ele de suas saudades e da falta que ela sente, dizendo que tem uma surpresa. Entusiasmado ele se despede.
Em Beaux-Arts, é chegado o final da tarde. Todos se despedem e Bertha entra no carro de Elizabeth.
Chegando ao hotel, ambas tiram os sapatos, eram saltos altos e seus pés estavam cansados.
Bertha sentou-se naquele sofá estofado e relaxou:
– Que dia! Sinto-me esgotada.
– Tens razão! Estamos trabalhando tanto.
– Mas me sinto tão empolgada, temos ótimos resultados e a cada dia maiores novidades. Mas, enfim, fale-me sobre você. Por qual motivo uma mulher como você estaria sozinha em Paris?
– Uma mulher como eu?! O que tenho?
– Ora Elizabeth! É uma mulher simplesmente encantadora, atraente, inteligente e uma renomada profissional…
– Bem, como sabes, estou aqui á trabalho. Mas estou só, pois não tenho quem me acompanhe.
– Então é solteira… Nem mesmo filhos?!
Elizabeth sorriu, entregou uma taça de champanhe a Bertha:
– Nem mesmo filhos!
Sentadas lado a lado, voltaram-se as conversas aleatórias. Momentos depois, Bertha pede para tomar um banho. Elizabeth direciona-a e pede que fique a vontade. Nos instantes seguintes ela aparece à porta com uma garrafa de vinho e duas taças:
– Posso entrar?
Bertha abriu os olhos e sentou-se na banheira sorrindo:
– Mas é claro, a banheira é sua.
Elizabeth tira seu roupão, deixando a mostra suas curvas e os fartos seios, entra. Estavam de frente uma pra outra. Elizabeth fumava. Bertha já apresentava sinais de embriaguez.
– Bertha como pode ser tão fraca pra bebida?!
Bertha sorrindo dizia:
– Eu não sou tão fraca, você é que é forte!
Elizabeth sorriu. Ambas sorriram. Mais uma taça, mais uma. Mais uma. Bertha gargalhava e fazia espumas de sabão as quais atirava em Elizabeth. Estavam gargalhando. Elizabeth se levantou, vestiu o roupão deixando Bertha. No quarto, de cabelos molhados e ainda de roupão, Elizabeth acendia outro cigarro. Bertha aparecera á porta:
– Porque me deixou sozinha?!
– Não deixei. Estou aqui!
– Você está bem?!
– Ora, é claro que estou! E você?
– Sinto-me um tanto tonta. – Sorriu.
Elizabeth a abraçou, olhou-a nos olhos, os segundos foram longos. Bertha a beijou. Sentiu-se sem graça e envergonhada, abaixou a cabeça, queria ir embora. Elizabeth tocou sua pele, levantando sua cabeça, os olhares se cruzavam novamente. Elizabeth a beijou, Bertha correspondeu. Elizabeth seduzia Bertha. Na cama, acariciava seus cabelos durante os beijos, estavam nuas e de cabelos molhados. Os beijos eram longos e confusos, mas Elizabeth tinha uma postura confiante, o que acalmava Bertha. As mãos de Elizabeth acariciava cada parte do corpo de Bertha. Num abraço, sentiram-se quatro mamilos rijos e um coração acelerado, era o de Bertha. As mãos de Elizabeth exploravam todos os orifícios, de todas as temperaturas e umidades: as mãos de Bertha estavam geladas, e entre suas pernas era febril. Bertha gemicou. Elizabeth lhe fez provar de seu próprio mel ao colocar seus dedos entre os lábios de Bertha. A cena se repetiu, desta vez, o mel lambuzava os minúsculos seios de Bertha. Agora, Bertha se perdia nos fartos seios de Elizabeth, descia seus dedos lentamente e aos poucos. Elizabeth suspirou. Com seus dedos lambuzados, era a vez de Bertha fazer Elizabeth provar do próprio mel. Após longos minutos de carícias e mais carícias, longos beijos e toques lascivos, adormeceram nuas sobre a cama, envoltas apenas por um lençol de seda que contornava suas curvas.
Horas depois, naquela madrugada, Bryan adentrava o quarto do hotel. Não acreditava em que seus olhos viam: suas deusas lhe traindo. Queria gritar! Sentia-se atordoado e não sabia o que fazer! Pensou em ir embora, mas não o fez. Seus pensamentos lhe rasgavam por dentro, era uma sensação inquietante: Como aquilo acontecera?! Como Elizabeth teria planejado tudo isso? Bertha sabia?! Elizabeth sabia! Foi ela! Como pôde?! Não creio que uma mesma mulher possa ter por mim dois sentimentos tão distintos: Paixão e Vingança.
**Niarachi Girl**